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Servidores da educação encerram greve em São Paulo após "acordo" com Prefeitura, mas luta continua

  • imprensa5967
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura

Categoria aponta que reivindicações centrais não foram atendidas e denuncia postura autoritária da gestão Nunes; PSOL reafirma apoio à mobilização


Após 23 dias de paralisação, os professores e servidores da rede municipal de São Paulo encerraram a greve iniciada no início de abril. A decisão veio após reunião entre representantes da categoria e a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que resultou em um "acordo", considerado insuficiente por grande parte dos educadores. Embora o movimento tenha conquistado algumas garantias, como a suspensão de faltas e descontos salariais dos dias parados, as pautas centrais da greve — como um reajuste justo, ao contrário do aprovado, que é abaixo da inflação atual — seguem ignoradas pela gestão de Nunes.


A greve, marcada por massivas manifestações e assembleias, foi uma das mais expressivas da rede nos últimos anos. Professores e professoras denunciaram o desmonte da educação pública na cidade, a superexploração dos profissionais e a precarização das condições de trabalho. A adesão significativa da categoria mostrou a força do funcionalismo diante de uma prefeitura que insiste em tratar os serviços públicos com a lógica do mercado.


O PSOL esteve ao lado dos trabalhadores durante toda a greve, participando dos atos, denunciando os retrocessos impostos por Nunes e cobrando a abertura de uma negociação real, com escuta ativa e compromisso com a valorização do magistério. O fim da greve não representa o fim da luta: a mobilização da categoria deixou claro que há disposição para resistir aos desmontes e que a comunidade escolar está atenta.


O partido reforça seu compromisso com a educação pública, gratuita e de qualidade, e seguirá atuando no legislativo e nas ruas pela revogação da reforma da Previdência de Nunes, por reajuste digno e pela valorização dos servidores públicos. É inadmissível que uma cidade como São Paulo trate seus educadores com descaso e empurre os serviços públicos para a lógica privatista e terceirizada.

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