Apoio popular: 65% dos brasileiros são a favor do fim da escala 6x1

Debate em torno do tema se aquece com a chegada do Dia do Trabalhador, e o PSOL se movimenta institucionalmente por uma nova legislação

Foto: Agência Brasil - Letycia Bond

Uma pesquisa realizada pela Nexus, em abril de 2025, revelou que 65% dos brasileiros são favoráveis ao fim da jornada de trabalho no modelo 6x1, que impõe seis dias consecutivos de trabalho seguidos por um único dia de descanso. Esse dado reflete o crescente descontentamento com as condições de trabalho no Brasil, especialmente no que diz respeito à sobrecarga imposta por esse modelo exaustivo.

A jornada 6x1 é considerada exploratória por prejudicar a saúde física e mental dos trabalhadores, além de reduzir o tempo disponível para lazer e convivência familiar. O fim dessa escala é visto como uma medida necessária para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e promover um equilíbrio mais saudável entre vida profissional e pessoal.

O PSOL tem se posicionado ativamente nessa luta. O vereador Rick Azevedo, do PSOL do Rio de Janeiro, foi quem fomentou o debate e iniciou institucionalmente a mobilização pelo fim da escala 6x1, denunciando as contradições da atual legislação e as condições de sobrecarga enfrentadas por trabalhadores de diversos setores. O vereador tem trabalhado sistematicamente para sensibilizar a população e pressionar o poder público a agir sobre essa questão urgente.

A deputada federal Erika Hilton, também do PSOL, protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a jornada 6x1, além de propor, em outro ponto, uma carga horária semanal mais equilibrada, de 36 horas, distribuídas em quatro dias. A PEC já conta com o apoio de parlamentares e cresce como uma solução para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, sem afetar sua remuneração.

Com a pesquisa indicando apoio majoritário à eliminação da jornada 6x1, o debate sobre a reforma na legislação trabalhista ganha mais força. O PSOL segue comprometido com a defesa de melhores condições de trabalho, aprofundando e aquecendo esse debate nos preparativos para o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, que terá mobilização nacional em torno do tema.