Caos na limpeza das escolas de SP: denúncias revelam abandono sanitário e riscos à comunidade escolar municipal
- imprensa5967
- 31 de jul.
- 2 min de leitura
Relatório apresentado pelo vereador Celso Giannazi expôs que unidades de ensino ficaram sem limpeza regular, com terceirizadas falhando e merendeiras forçadas a limpar as salas — cenário que coloca em risco a saúde de crianças e trabalhadores

Junto à revolta da comunidade escolar, o vereador Celso Giannazi (PSOL‑SP) trouxe à tona dados alarmantes sobre a situação da higienização nas escolas municipais. Em pronunciamento na Câmara, ele denunciou que dezenas de unidades escolares operaram sem nenhum serviço de limpeza contratado ou com falhas graves na atuação das empresas terceirizadas contratadas pela Secretaria Municipal de Educação.
Segundo relatos trazidos pelo parlamentar, muitas escolas chegaram a ficar várias semanas sem limpeza, com funcionários questionando a ausência de produtos básicos — como desinfetante, panos ou água. Em diversos casos, foi público que merendeiras e professores tiveram que improvisar a higienização das salas de aula, comprometendo não apenas a qualidade das condições, mas também a dignidade dos profissionais.
A denúncia também inclui que empresas terceirizadas foram contratadas sem clareza contratual, com pagamentos que se mantinham mesmo quando não havia serviço prestado adequadamente. Giannazi alertou sobre potencial desvio de recursos públicos, já que houve pagamentos integrais a entidades que não cumpriam os requisitos mínimos de limpeza previstos — amplificando o risco de contaminação e proliferação de doenças entre os alunos.
O parlamentar acionou o Ministério Público e oficiou a Secretaria Municipal de Educação (SME), exigindo explicações e vistoria nas empresas contratadas. Ele classificou o ocorrido como “abandono da educação pública” e exigiu que a Prefeitura desmonte a lógica da terceirização precarizante, substituindo-a por modelo que garanta controle, transparência e efetividade.
O episódio reforça as críticas recorrentes ao modelo de gestão pública atual, que, ao terceirizar serviços essenciais sem fiscalização rigorosa, acaba transferindo responsabilidades e fragilizando a qualidade do serviço ofertado à população. Para Giannazi, limpeza não é luxo, é garantia de saúde e direito básico nas escolas.
Os desdobramentos devem incluir abertura de investigação pelo MP, com eventual responsabilização administrativa das empresas e direção da SME. O vereador também defendeu a presença de conselhos escolares na fiscalização dos contratos e a adoção de regime de limpeza pública com controle direto sobre insumos e rotinas.



Comentários