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Crise do metanol expõe negligência e ações suspeitas de Tarcísio em São Paulo

  • imprensa5967
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura

Governo estadual demorou a agir diante da emergência sanitária, protegeu setores empresariais e ignorou alertas da PF sobre possível envolvimento do crime organizado


Foto: Divulgação/Governo SP
Foto: Divulgação/Governo SP

A crise envolvendo bebidas adulteradas com metanol em São Paulo já deixou dezenas de pessoas intoxicadas e possivelmente 5 mortes, e além do medo causado em toda a população do estado, o caso escancara a negligência e ineficiência da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em lidar com uma emergência de saúde pública. As primeiras ocorrências foram registradas há semanas, mas o governo estadual demorou a apresentar uma resposta coordenada — não emitiu alertas amplos, não identificou publicamente os bares, regiões e marcas envolvidas e tampouco lançou campanhas de orientação à população.


Enquanto a Polícia Federal apontou a possibilidade de participação do PCC na cadeia de distribuição das bebidas adulteradas, Tarcísio se apressou em negar qualquer envolvimento da facção, antes mesmo de as investigações avançarem. A atitude é suspeita se levarmos em conta o histórico recente do governador – um segurança, uma financiadora e um secretário de Tarcísio são acusados de ligação com o PCC, e este é o segundo caso em que a facção possivelmente está envolvida no qual o governador recusa a ajuda da Polícia Federal. 


A postura do bolsonarista também levantou suspeitas sobre uma tentativa de proteger determinados setores e interesses econômicos ligados ao comércio de bebidas. A pressa em negar o vínculo também gerou ruído com o governo federal, que coordena as operações por meio da PF.


A fiscalização só foi intensificada depois que a crise se tornou pública e ganhou repercussão nacional, com operações federais em fábricas clandestinas e estabelecimentos suspeitos. O governo estadual, por sua vez, limitou-se a declarações evasivas, sem apresentar um plano robusto de enfrentamento, identificação dos produtos contaminados ou canais diretos para denúncia e informação à população — atitudes básicas em situações de risco sanitário.


Especialistas em saúde pública alertam que a exposição ao metanol pode causar cegueira, danos neurológicos severos e morte, e que a identificação rápida das fontes de contaminação é crucial para evitar novos casos. A ausência de uma política transparente e ágil por parte do governo estadual ampliou o risco para consumidores, sobretudo nas periferias, onde as bebidas mais baratas circulam com menos controle. Nenhuma orientação aos cidadãos foi feita até agora, nem uma estipulação dos processos adotados contra a crise e o prazo para a resolução.

A postura de Tarcísio nesta crise repete um padrão já conhecido: minimizar problemas graves, proteger interesses empresariais e colocar a população em segundo plano. Enquanto isso, vidas seguem em risco nas ruas de São Paulo.

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