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Cultura | “O fim está próximo?” Espetáculo de teatro denuncia o fim do mundo como projeto político

  • imprensa5967
  • 31 de jul.
  • 3 min de leitura

Coletivo Parêntesis de Teatro apresenta nova peça “Dicas para Lucrar com o Fim do Mundo”, no Teatro Alfredo Mesquita, a partir do próximo dia 9 de agosto

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Dicas para Lucrar com o Fim do Mundo, espetáculo do Coletivo Parêntesis de Teatro, chega em agosto ao Teatro Alfredo Mesquita e propõe ao público amplas reflexões sobre o fim. Afinal, não é de hoje a sensação de estarmos vivendo o fim do mundo ou a iminência dele. São vários os paralelos entre a profecia que prevê a chegada de quatro cavaleiros do apocalipse e a situação atual do mundo, seja pela Peste representada na pandemia de Covid-19 e possíveis futuras, pela Guerra representada na disseminação do ódio na sociedade, pela Fome representada no capitalismo predatório que só alimenta quem pode pagar, pela Morte, que amplamente se banaliza.


Porém, a obra denuncia por meio do humor e da sátira que, diferente do que prevê a profecia, essas ameaças não são mais desastres inevitáveis, que não se pode combater, mas são decorrentes de projetos políticos, que visam manter um sistema em que a vida é descartável e a ganância é recompensada. Aí está o absurdo. Viver em um país onde quase 700 mil morreram de uma doença quando já se tinha vacina. Viver em um país com crescimento exponencial dos casos de violência. Viver em um país que exporta toneladas de alimentos enquanto assiste a seu povo sofrer faminto.


Nos quatro atos dessa tragédia cômica (ou comédia trágica) os quatro cavaleiros são transformados em negociantes do apocalipse, cada um com o seu projeto: a Morte com uma Masterclass de como lucrar com o fim do mundo, a Peste trazendo o caos para um debate televisivo sobre como se proteger na pandemia, a Guerra lucrando com uma máquina de disseminação de ódio e discursos extremistas na internet e a Fome com o seu cruel programa de culinária, onde, junto com o seu mascote Lombriguitos e o seu maior parceiro, o Agro, ensina o povo a comer lixo.


Então, antes que esses projetos se concretizem, essas figuras trágicas e patéticas se reúnem, para que as atrizes e atores se livrem dessas personagens medonhas, façam seu coro de protesto e lancem a sua profecia:


“Se estamos vivendo o fim, que seja o fim dessa inação, que a vida não seja mais negociada e que os crimes contra ela sejam verdadeiramente responsabilizados. Que seja este terrível fim, um começo.”, conclui Pedro Tancini, ator, diretor e dramaturgo do Coletivo Parêntesis de Teatro.


Serviço:


Quando:

De 09 a 31 de agosto.

Quintas, sextas e sábados às 20h00 e domingos às 19h00.

Todas as apresentações aos sábados serão seguidas de bate-papos com o diretor e elenco.


Onde:

Teatro Alfredo Mesquita, na Avenida Santos Dumont, nº 1770, Santana, próximo ao metrô Portuguesa-Tietê.

Estacionamento gratuito, sujeito a lotação.


Ingressos

20 reais inteira, 10 reais meia, na porta do teatro ou pelo Sympla.


Mais informações nas redes sociais do coletivo.


Histórico do grupo

O Coletivo Parêntesis de Teatro é composto por artistas provocativos e atentos ao presente, com o propósito de produzir espetáculos autorais a partir de amplas pesquisas cênicas. O grupo foi fundado em 2016 por Pedro Tancini, dramaturgo, ator, diretor, produtor e poeta. Pedro é formado em Teatro pelo Teatro Escola Macunaíma, graduado em Publicidade e Propaganda pela ESPM, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo também pela ESPM e já ganhou diversos prêmios nas áreas de literatura e teatro, com projetos culturais selecionados e executados pelo Prêmio Off Flip, pelo Edital ProAC de Obra Teatral, Edital ProAC de Poesia, ProAC ICMS, PROMAC e Lei Federal de Incentivo à Cultura.


Ficha técnica

Gênero: tragicomédia. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 80 minutos. Texto e Direção: Pedro Tancini. Assistência de direção: Juliana Sá. Elenco: Bethinha Relvas, Ivan Balista, Liz Arnaut, Melanie Marie, Pedro Tancini, Sid Lima, Victor Canhada e Vuka Pereira. Operação de luz: Max Santos. Operação de som e vídeo: Mel Almeida. Cenário e Figurino: Pedro Tancini. Maquiagem: Bethinha Relvas. Fotografia: Alan Kevin. Audiovisual: Ilha 42 Filmes. Produção: Coletivo Parêntesis de Teatro. Apoio: Escola Nacional Paulo Freire.

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