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“Fim da escala 6×1 é justiça trabalhista”, diz Erika Hilton após avanço de PEC no Senado

  • imprensa5967
  • 9 de out.
  • 2 min de leitura

Proposta que garante no mínimo dois dias de descanso semanal começa a tramitar; PSOL atua pela aprovação como conquista histórica da classe trabalhadora


Foto: Lucas Martins/@lucasport01
Foto: Lucas Martins/@lucasport01

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no último dia 8 de outubro de 2025, a admissibilidade da PEC que propõe o fim da escala 6×1, modelo que obriga trabalhadoras e trabalhadores a cumprirem seis dias de jornada para apenas um de descanso. A medida, que agora segue para o plenário do Senado, garante dois dias de folga por semana, valendo para o setor público e privado. A proposta é vista como um marco trabalhista capaz de enfrentar um dos mecanismos mais enraizados de exploração da força de trabalho no país.


A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) comemorou o avanço e destacou o caráter histórico da tramitação. “É uma pauta de justiça trabalhista e social. O modelo 6×1 é exaustivo, desumano e incompatível com um país que quer garantir dignidade a quem trabalha. Há condições políticas para avançar nessa agenda, porque ela tem ressonância popular”, afirmou em entrevista à CNN Brasil.


Segundo Erika, a pressão de movimentos sindicais e de base foi determinante. “Essa pauta não nasceu no Congresso, nasceu das ruas e das lutas de trabalhadoras e trabalhadores. O papel da nossa bancada é transformar essa reivindicação em mudança estrutural, garantindo mais saúde e qualidade de vida para milhões de pessoas.”


A proposta prevê um período de transição para adequação de escalas, abrangendo setores como transporte, saúde e segurança pública, mas determina que os dois dias de descanso se tornem regra constitucional. A deputada destacou que a medida pode impactar positivamente especialmente quem atua em áreas precarizadas: “Estamos falando de pessoas que trabalham em supermercados, no comércio, em serviços essenciais e que hoje vivem em esgotamento crônico. Isso é sobre reconhecer que descanso também é um direito.”


Posto que o avanço da PEC é resultado direto da pressão social e de um momento político que abre brechas para conquistas trabalhistas relevantes, a tramitação, no entanto, deve enfrentar resistência do mercado e de outros agentes do grande Capital, que historicamente se beneficiam do modelo atual, e de seus representantes na política: o centrão e a extrema-direita.


Com apoio e muito trabalho da bancada do PSOL e de Erika Hilton na articulação política, a proposta representa uma oportunidade concreta de avançar concretamente na luta contra jornadas de trabalho injustas no Brasil, abrindo caminho para uma vitória histórica da classe trabalhadora.

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