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Lula visita Favela do Moinho e formaliza acordo habitacional com moradores

  • imprensa5967
  • 27 de jun.
  • 2 min de leitura

Presidente esteve na comunidade no centro de São Paulo e anunciou medidas de reassentamento com auxílio federal e estadual

Foto: Cláudio Kbene
Foto: Cláudio Kbene

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a Favela do Moinho, no centro de São Paulo, para oficializar um acordo habitacional com as famílias da comunidade. Trata-se de um desfecho importante após meses de tensão e ameaças de remoção forçada, que chegaram a envolver repressão policial e ações truculentas do governo estadual.


Durante a visita, Lula assinou a portaria que regulamenta a solução articulada entre os governos federal e estadual, com apoio de parlamentares e organizações sociais. O acordo prevê o reassentamento de cerca de 900 famílias, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida – na modalidade Compra Assistida –, com até R$ 250 mil para aquisição de imóveis, sendo R$ 180 mil do governo federal e R$ 70 mil do governo estadual. Até que as novas moradias sejam viabilizadas, as famílias receberão auxílio-aluguel de R$ 1.200 mensais.


Acompanhado por lideranças locais e por parlamentares, como o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), Lula caminhou pela ocupação, ouviu relatos de moradores e reforçou que nenhuma remoção será feita de forma forçada. “Não é possível construir um parque sobre a dor das pessoas”, afirmou o presidente, fazendo referência à proposta do governo estadual de transformar a área em um parque público, ideia que provocou resistência imediata da comunidade.


A ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão, garantiu que a saída das famílias será feita com diálogo e respeito, e que a construção do parque só será iniciada após a conclusão do reassentamento. A proposta prevê, também, o reconhecimento da memória do Moinho como território de resistência, com a permanência de parte da ocupação e a criação de espaços de cultura e convivência.


Para o PSOL, a visita representa um gesto político importante de compromisso com as periferias e com a luta pelo direito à moradia. A Favela do Moinho, última comunidade do centro expandido de São Paulo, é símbolo da disputa por uma cidade justa, inclusiva e popular.

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