MP-SP abre investigação após denúncia de Erika Hilton e Amanda Paschoal sobre drone 'anti-baile' em Diadema
- imprensa5967
- 7 de ago
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Denúncia do PSOL levou Ministério Público a apurar compra sem licitação de drone capaz de lançar gás lacrimogêneo — medida revela ataque à cultura periférica e ameaça à segurança coletiva

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou apuração sobre a aquisição sem licitação de um drone pela Prefeitura de Diadema, avaliado em aproximadamente R$ 365.313,60, destinado à dispersão de bailes funk por meio de gás lacrimogêneo. A compra do equipamento — que tem sido apontado como um episódio de militarização da segurança — mobilizou a deputada federal Erika Hilton e a vereadora Amanda Paschoal, ambas parlamentares do PSOL, a encaminharem uma representação formal ao MP exigindo investigação do caso.
Essa iniciativa de repressão à cultura periférica revela a criminalização de corpos e expressões negras e populares, descaracterizando encontros comunitários como “ameaças” à ordem pública. Trata-se de uma resposta autoritária que ignora os reais problemas sociais e o potencial criativo dessas manifestações urbanas – além do agravante em se tratando do desvio de recursos públicos em contratos opacos. A ausência de licitação impede transparência e accountability — pilares fundamentais de uma gestão pública democrática e responsável.
A Procuradoria precisa apurar se houve irregularidade nos trâmites da contratação, além de avaliar os impactos dessa política de segurança seletiva. A ação do PSOL exige que a prefeitura explique os critérios de escolha e necessidade do drone, e esclareça os gastos envolvidos. Não se trata apenas de um equipamento — mas de um símbolo de guerra contra os encontros culturais periféricos.



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