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Nunes repete promessas antigas em novo programa de metas — e perpetua falta de competência

  • imprensa5967
  • 9 de out.
  • 2 min de leitura

Prefeito reapresenta objetivos já ignorados em mandato anterior, sem transparência ou previsão concreta de execução


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao apresentar seu novo programa de metas para São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes trouxe à tona uma série de objetivos já prometidos em sua gestão anterior — metas que, em boa parte, não foram cumpridas — como se fossem novidades ou compromissos renovados. A repetição evidencia a falta de planejamento e responsabilidade do atual prefeito, que perpetua uma gestão de privilégios e zero competência ou compromisso com os mais desfavorecidos e com a classe média.


Entre as promessas “revisitadas” estão a recuperação de escolas e creches, a melhoria da iluminação pública, a expansão da mobilidade urbana e a criação de estacionamentos ciclísticos. Em muitos casos, essas metas foram anunciadas em planos anteriores e incumpridas por falta de execução, recursos ou continuidade. Agora, surgem como novas metas, sem que haja prestação de contas do que deixou de ser feito.


Por exemplo, melhorias nas escolas — amplamente demandadas por pais, estudantes e entidades sindicais — foram pauta já em planos anteriores, mas permanecem parcialmente atendidas. A promessa de instalar bicicletários no transporte público ou ampliar redes cicloviárias também figura como meta reciclada, com pouca clareza sobre prazos ou orçamentos.


Esse recurso político funciona como estratégia de marketing de ouvidos surdos: repetir promessas não realizadas cria a ilusão de renovação, mas esconde o fato de que a gestão não entregou nos mandatos anteriores. Em vez de assumir fracassos, recicla-se o compromisso como se fosse uma nova promessa.


Forças de oposição criticam o programa como retrógrado e mentiroso. A apresentação do novo programa deveria ter incluído no mínimo um balanço transparente das metas não cumpridas: valor gasto, motivação dos atrasos, bloqueios orçamentários e responsabilidade institucional. 


Além disso, o novo programa carece de indicadores mensuráveis, metas de curto prazo e mecanismos de monitoramento público. A maioria das metas segue em nível macro, sem atribuição clara de secretarias ou cronogramas definidos. Faltam compromissos firmes que possam ser cobrados ao longo do mandato, sobretudo em áreas sensíveis como infraestrutura, habitação, saneamento e transporte — justamente aquelas onde a população mais reclama. Sem inovar ou reconhecer falhas, o novo programa de metas é mero catálogo de promessas vazias.

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