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Revisão tarifária da Sabesp após privatização pode aumentar contas de água em até 12%

  • imprensa5967
  • 16 de out.
  • 2 min de leitura

Ajuste está previsto para dezembro e deve começar a valer em janeiro de 2026, pesando no orçamento das famílias paulistas


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Sabesp se prepara para realizar, em dezembro deste ano, a primeira revisão tarifária desde sua privatização. O processo, conduzido pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), poderá resultar em um aumento de até 12% no valor das contas de água e esgoto para a população de São Paulo a partir de janeiro de 2026 — uma mudança que terá grande impacto no bolso dos trabalhadores e das famílias paulistas.


Segundo a própria empresa, os novos valores devem ser divulgados até 1º de dezembro, após a validação, pela agência reguladora, do relatório de avaliação de ativos da companhia, prevista para 30 de setembro. O cálculo considera diferentes cenários: no mais provável, o reajuste gira em torno de 12%, mas pode variar entre 3% e 17%, dependendo da metodologia adotada.


O aumento ocorre pouco tempo após o avanço do processo de privatização da Sabesp — entrega ao capital privado que, segundo especialistas, já tinha como previsão um aumento agressivo das tarifas para o cidadão consumidor.


Trata-se de um ajuste anterior à revisão tarifária completa, prevista apenas para 2029. Ou seja, novos aumentos poderão ocorrer nos próximos anos, consolidando uma tendência de repasse dos custos ao consumidor. Famílias de baixa renda, pequenos comércios e usuários essenciais devem ser os mais afetados.


Ainda não foram divulgados detalhes sobre eventuais mecanismos de compensação para consumidores de baixa renda ou isenções adicionais. Também não há informações sobre como o aumento será aplicado para diferentes faixas de consumo.


Com a revisão, o que está em jogo não é apenas um número na conta de água: trata-se de uma mudança estrutural na política de tarifas, que sinaliza um novo ciclo de aumentos em um serviço essencial. A privatização da Sabesp consolida que, para as gestões Tarcísio e Nunes, a água é mercadoria, e o foco é o retorno aos acionistas, e não a garantia do acesso universal à água para o povo.

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