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Ato na Avenida Paulista reúne milhares pela taxação dos super-ricos e contra o tarifaço de Trump

  • imprensa5967
  • 11 de jul.
  • 2 min de leitura

Manifestação defendeu soberania nacional, justiça tributária e o fim da sabotagem do Centrão contra o governo e o povo

Foto: Felipe Penteado
Foto: Felipe Penteado

Milhares de pessoas se reuniram na noite da última quarta-feira (10) na Avenida Paulista, em São Paulo, em um ato convocado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, centrais sindicais, movimentos e partidos de esquerda, entre eles o PSOL. A manifestação teve como centro a defesa da soberania nacional e a exigência da taxação dos super-ricos, em resposta à escalada de ataques promovidos por setores da extrema direita — do Congresso Nacional ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


A mobilização, que também cobrou o fim da escala de trabalho 6x1, cresceu em dimensão e tom após o anúncio de Trump de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida interpretada amplamente como retaliação política ao governo Lula e como uma tentativa de interferência nos rumos do Brasil. Nas falas que se sucederam no carro de som, o gesto foi chamado de "chantagem tarifária imperialista", e apontado como parte de uma aliança internacional da extrema direita — em que Trump e Bolsonaro compartilham métodos e interesses.


A deputada estadual Ediane Maria (PSOL-SP) criticou duramente o gesto do norte-americano, destacando a subserviência da direita brasileira: “São os mesmos que defendem os bilionários no Congresso e aplaudem ataques de fora contra o nosso país”. Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), presente no ato, afirmou que o Brasil não aceitará "ser tratado como colônia de ninguém", e que é preciso enfrentar o poder político das elites econômicas, internas e externas, que barram o avanço de reformas estruturais no país.


As críticas também se voltaram ao Congresso Nacional, por boicotar as pautas do governo federal em favor das elites econômicas. A não aprovação da isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, o bloqueio à taxação dos fundos exclusivos e a suspensão do aumento do IOF — instrumento pensado para viabilizar justiça fiscal — foram tratados como ataques diretos à classe trabalhadora e à agenda de reconstrução do país.


A parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que apresentou projeto para taxar jatinhos e passagens de primeira classe, lembrou que “quem mais polui, mais lucra e mais foge do imposto precisa, finalmente, pagar sua parte”. O ato, segundo ela, também serviu para reafirmar que “não haverá justiça social sem justiça tributária”.


A manifestação mostrou que é imperativo e possível enfrentar os interesses do 0,1% mais rico do país, defender a soberania nacional diante das pressões externas e manter o povo mobilizado para que as conquistas da maioria não sigam sendo barradas por uma elite que, há séculos, se recusa a abrir mão de seus privilégios.

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