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Bolsonaro na cadeia: o fascismo em seu devido lugar

  • imprensa5967
  • 24 de nov.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de nov.

Prisão do pior presidente de todos os tempos revela maturidade da democracia brasileira, que pela primeira vez na história pune golpistas por atentado contra a soberania nacional


Foto: Gabriel Biló
Foto: Gabriel Biló

O que o Brasil todo esperava e torcia ansiosamente enfim aconteceu: o ex-presidente Jair Bolsonaro, principal liderança da extrema-direita fascista brasileira, foi preso preventivamente após pedido do ministro Alexandre de Moraes, ministro do STF. A causa da prisão é bisonha e sórdida na mesma proporção, assim como toda a atuação política de Jair: houve uma tentativa (com um ferro de solda!) de romper a tornezeleira eletrônica, e um plano de fuga da prisão domiciliar que contava com uma vigília convocada por Flávio Bolsonaro como acobertamento.


"É uma notícia muito importante para a história do nosso País. E é importante lembrar Bolsonaro não está sendo preso e nem condenado pelo seu principal crime a forma como ele lidou com milhões de brasileiros, todos nós, durante a pandemia. Bolsonaro debochou de nossa dor, debochou de nossos entes queridos. É muito importante que a gente comemore o dia de hoje. Que o futuro possa ser ainda melhor. Que a gente tenha esperança de um Brasil melhor. Mas que a gente não se esqueça que figuras repugnantes, como a de Jair Bolsonaro, precisam ficar para trás, pagando por seus crimes", reforçou o presidente do PSOL em São Paulo, Gabriel Gonçalves.


Ainda assim, é um marco histórico para o Brasil ter um ex-presidente condenado por uma trama golpista. Um País atravessado por golpes de estado em toda a sua existência, desta vez decide, enfim e coletivamente, levar ao banco dos réus não só o cabeça de toda a tentativa, mas também seus principais aliados: generais de alta patente do exército brasileiro – os mesmos que nunca foram punidos pelas barbáries e horrores da ditadura civil-empresarial-militar (64-85).


Mas essa resolução brasileira não é apenas um acerto de contas com o passado de um País que nunca lidou bem com sua memória. É também uma demarcação fundamental perante o movimento de extrema-direita que permeia todo o planeta, e que ascende ao domínio de governos através de uma política de extermínio, ódio e perversidade. Jair Bolsonaro é um dos líderes deste fenômeno fascista que assola a Terra no século XXI. A condenação por seus crimes mostra também o lugar ao qual a sociedade deve relegar o fascismo novamente: o fundo de uma cela, seguido pelo total desprezo público.


O movimento bolsonarista de extrema direita não acaba com a prisão de Bolsonaro. Os valores (tórridos) cultivados por Bolsonaro seguem atravessando as insatisfações e ressentimentos de milhões de brasileiros, sequestrados pela cruel agenda liberal-fascista, que oferece respostas fáceis em tempos de precarização do trabalho, avalanche tecnológica e muitas incertezas.


No entanto, ver um verdadeiro líder de quadrilha, que tentou afundar novamente o Brasil em uma ditadura sanguinária, humilhado e preso, é sem dúvida um motivo para celebração. A luta continua, mas Jair Bolsonaro será uma lembrança ruim que mostra ao que não devemos retornar. Que sua expulsão da vida pública seja a primeira pedra de uma série de outras, que consolidarão a derrocada de quem escolheu destruir um País em benefício próprio. Estaremos lá não só como linha de frente nessa luta, mas como testemunhas de uma nova derrota do fascismo no Brasil.

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