Chuvas fortes em São Paulo: 139 árvores caídas e apagão que atingiu 900 mil pessoas
- imprensa5967
- 26 de set
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Capital enfrenta alagamentos, quedas de árvores e apagão generalizado; moradores denunciam falta de planejamento e resposta tardia de Nunes

A forte chuva que atingiu a capital paulista nesta última semana deixou um rastro de destruição e caos: ao menos 139 árvores foram derrubadas pela ventania, muitas delas tombando sobre carros, vias e até fachadas residenciais. Na zona sul, uma subestação elétrica sofreu falha que resultou em apagão, afetando 900 mil pessoas e deixando bairros inteiros sem luz por horas. Em meio ao temporal, denúncias de omissão da prefeitura de Ricardo Nunes e da gestão municipal emergem com força.
O apagão foi provocado por sobrecarga na subestação de Sacomã, segundo a concessionária, que precisou desligar circuitos para evitar rompimentos mais graves. Mas a lentidão nos reparos e na resposta emergencial gerou indignação entre usuários. Em muitos casos, hospitais, indústrias e residências ficaram às escuras em plena chuva – situação que expõe descoordenação do poder público em momentos de crise.
Quanto às árvores, as quedas ocorreram em todas as regiões: na zona leste, várias casas tiveram telhados danificados; na zona norte, postes foram derrubados; na zona oeste, o trânsito ficou parado por horas. As autoridades relataram cerca de 85 ocorrências de ocorrências com quedas de vegetação que exigem remoção, sinalização e limpeza emergencial.
Moradores denunciam que, na maioria dos locais, as árvores estavam em galhos secos e frágeis – poucos tinham poda recente, manutenção ou poda preventiva adequada. Em corredores de bairros periféricos, em especial, a arborização é antiga e negligenciada, o que agrava o risco em chuvas intensas. Ao longo dos últimos anos, a falta de políticas de manejo florestal urbano deixou a cidade mais vulnerável a esses episódios.
Além do perigo imediato, a combinação de luz desligada, árvores caídas e vias alagadas causa colapso no transporte público: ônibus parados, linhas suspensas, metrô operando com restrições e vida urbana paralisada. Pessoas que tentavam chegar em casa tiveram de caminhar às escuras sob chuva torrencial.
Essa não foi a primeira vez que essas tragédias ocorrem e nem deve ser a última. A negligência grita, e é importante que o prefeito Ricardo Nunes e a Eletropaulo expliquem: por que não existe plano de contingência eficaz para chuvas intensas? Como foram feitas as manutenções preventivas nas subestações? Qual é o protocolo de poda urbana e quantas árvores foram vistoriadas no primeiro semestre de 2025? Em que momento acionaram equipes de emergência para colaborar no restabelecimento da luz?
A São Paulo de Ricardo Nunes permanece frágil frente a eventos extremos. A cidade cresce, adoecemos, mas a estrutura pública para lidar com tempestades segue atrasada. Arborização, rede elétrica confiável, drenagem eficiente: são investimentos que salvam vidas. Nenhuma tragédia decorrente de questões climáticas é por acaso.
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