Parlamentares do PSOL denunciam chacina do Rio de Janeiro e perversidade de Cláudio Castro
- imprensa5967
- há 6 dias
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Parlamentares denunciam que massacre, o mais letal da história do estado, repete um modelo falido de guerra às drogas que serve como projeto de morte contra a população pobre e negra, e exigem investigação e o fim da lógica de confronto

Diante da desastrosa e criminosa operação policial que resultou em mais de 120 assassinatos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados denunciou o governo de Cláudio Castro (PL) por promover uma das maiores chacinas da história recente do Brasil. Em pronunciamentos e entrevistas, parlamentares do partido classificaram a ação como a mais letal da história do estado e um massacre que evidencia a falência da atual política de segurança pública.
A líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), afirmou que o que está sendo feito para enfrentar o crime organizado é um "banho de sangue" e que o modelo de segurança do governador é "incompetente e covarde". Ela expressou solidariedade às famílias "devastadas pela operação" e destacou a falta de planejamento e o desrespeito aos direitos humanos. A insistência em operações de guerra, em vez de focar em inteligência e investigação, apenas "enxuga sangue" há décadas, sem resolver o problema da criminalidade e destruindo vidas nas favelas.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) ressaltou que a violência foi instituída como política e que é preciso um novo caminho, baseado em planejamento e integração das polícias. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) denunciou a responsabilidade direta do governador Cláudio Castro, a quem chamou de "assassino em série”, por legitimar uma política de extermínio.
O PSOL defende uma mudança radical na segurança pública, com a integração nacional das polícias, o controle externo da atividade policial e o fim da chamada "guerra às drogas", que o partido considera um pretexto para o encarceramento e extermínio da juventude negra e pobre. A bancada federal do partido se juntou à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que visitará o Rio de Janeiro para apurar os fatos, se reunir com a Defensoria Pública e ouvir os familiares das vítimas.



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