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Tarcísio abandona São Paulo e vai a Brasília negociar anistia para Bolsonaro e demais golpistas

  • imprensa5967
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Em meio a escândalos bilionários no estado, governador articula impunidade para o ex-presidente enquanto julgamento do STF ocorre


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Em uma movimentação que para muitos especialistas em justiça do trabalho poderia configurar abandono de função, o governador Tarcísio de Freitas largou o estado de São Paulo e viajou a Brasília neste início de setembro, com o objetivo de articular no Congresso Nacional o projeto de lei de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e demais envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro de 2023.


Muitos creditam a essa negociação de Tarcísio o desembarque recente do governo por parte do União Brasil e do PP, que recentemente oficializaram a federação União Progressista. O governador de São Paulo recentemente se encontrou com Bolsonaro, que hoje está em prisão domiciliar preventiva, e tem recebido apoio de parte da base de extrema-direita em meio a sua articulação no Congresso.


A sanha golpista é ainda mais perigosa do que aparenta: com a aprovação da lei da anistia, golpistas bolsonaristas que, entre outros crimes, planejaram um atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, o assassinato do presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes, além de espancarem uma policial até quase a morte, destruírem o patrimônio público e incentivarem a abolição violenta do Estado de Direito; ainda poderiam ser perdoadas pessoas que ocupam cargos públicos e respondem por crimes eleitorais ou mesmo processos administrativos – ficando, assim, novamente elegíveis.


Com o discurso de “mão pesada” em sua gestão, Tarcísio tem dedicado todas as suas energias nos últimos tempos para buscar o perdão da Justiça contra criminosos que tentaram um golpe contra o próprio País. A imagem do governador já tem sido abalado com os recentes escândalos bilionários em São Paulo: além do Propinão, considerado o maior escândalo  de corrupção da história do estado, também explodiram também o caso do PCC x Faria Lima, que atingiu apoiadores financeiros e políticos de Tarcísio; e também o Saldão das Terras, proposta do governador em votação na Alesp que venderia terras públicas por 10% do preço – um desconto de quase R$ 8 bilhões – para fazendeiros e latifundiários.


Ainda que o PL da Anistia seja pautado por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, e avance no Congresso, o projeto deve ainda passar pelo crivo do Senado, e também está sujeito a vetos do presidente Lula e avaliação do Supremo Tribunal Federal – que, conforme noticiado, já formou maioria para barrar qualquer anistia para golpistas, uma tentativa flagrantemente inconstitucional da extrema-direita. Enquanto isso, o julgamento de Jair Bolsonaro continua no STF, com previsão de conclusão para o dia 12 de setembro.

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