Tragédia ambiental: é possível mitigar os efeitos da crise climática, mas a Prefeitura de Nunes escolhe o sofrimento do povo
- imprensa5967
- 28 de mar.
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Atualizado: 7 de abr.
A despeito das enchentes que fizeram a cidade entrar em calamidade social, atual prefeito opta por decisões questionáveis e discursos vazios

O mundo vive uma intensificação cada vez mais rápida da crise climática, e no Brasil a situação tem sido de calamidade. Em São Paulo, não poderia ser diferente. Com a inércia do governo de Tarcísio de Freitas e com o descaso do prefeito Ricardo Nunes, o povo paulistano tem ficado à mercê do intenso calor e das fortes chuvas que abatem a cidade com apagões, alagamentos e outras tragédias.
No último dia 18 de fevereiro, a motorista de aplicativo Janaina de Souza Maia foi encontrada morta após seu carro ficar submerso em uma enchente na Zona Norte de São Paulo. Neste mesmo dia, assim como nos últimos meses, bairros ficaram submersos, e centenas de famílias perderam tudo o que tinham. Um dos bairros mais atingidos em todo esse período de fortes chuvas foi o Jardim Pantanal.
No início de fevereiro, o Jardim Pantanal chegou a ficar quase 6 dias debaixo d’água, com os moradores perdendo seus pertences, expostos ao risco de doenças e sem energia elétrica ou mesmo formas de locomoção. Ricardo Nunes, oportunista, propôs indenizar os moradores que saíssem da região, a partir de um programa criado pela Prefeitura. No entanto, esse programa fez somente 1.224 pagamentos para moradores saírem de regiões com risco de alagamentos e deslizamentos. Há mais de 50 anos convivendo com enchentes todos os anos, o Jardim Pantanal tem cerca de 36.537 pessoas no perfil do programa – equivalente a 9.134 famílias –, mas o bairro ainda não teve ressarcidos pela Prefeitura.
O prefeito ignora duas outras alternativas já levantadas para a região. Uma delas, que seria a construção de um dique na região, Nunes alega ser “muito cara e complexa”. Há ainda ações complementares a esta, como a criação de reservatórios e um parque, entre outras. No entanto, o que ele não diz é que os estudos para as obras estruturais têm custo entre R$ 1 e R$ 2 bilhões, enquanto a remoção das pessoas beiram os R$ 2 bi – valor superior ao obras antienchente, que custariam entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão.
Fica claro que o prefeito Ricardo Nunes tem em mãos propostas e possibilidades para resolver alguns dos mais graves e estruturais problemas da cidade hoje, mas não tem vontade política para efetivar nenhuma delas. Prefere optar por “soluções” mais caras e ineficazes. Com trabalho sério, intervenção correta e técnica, além de cuidado adequado com as famílias, é possível mitigar os efeitos da crise climática, mas a Prefeitura de Nunes escolhe o sofrimento do povo.
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