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Erika Hilton e Amanda Paschoal acionam MP contra redução do horário do Metrô e CPTM aos sábados

  • imprensa5967
  • 4 de set.
  • 2 min de leitura

Corte feito desde 2020 restringe direito à cidade, impacta trabalhadores e juventude e reforça desigualdade no acesso ao transporte


Foto: Richard Lourenço/Rede Câmara
Foto: Richard Lourenço/Rede Câmara

O transporte público de São Paulo continua no centro do debate político. A deputada federal Erika Hilton e a vereadora Amanda Paschoal, ambas do PSOL, acionaram o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para exigir que o Metrô e a CPTM retomem o funcionamento até 1h da manhã aos sábados, como ocorria antes de 2020. A mudança no horário, imposta durante a pandemia, foi mantida pelo governo estadual mesmo após a retomada das atividades, prejudicando trabalhadores e jovens que circulam pela cidade à noite.


A redução do funcionamento, que obriga milhares de pessoas a depender de transportes caros e potencialmente inseguros, aprofunda desigualdades. Para moradores das periferias, onde a oferta de ônibus noturno é insuficiente e precária, a medida significa perder oportunidades de trabalho, lazer e convívio social. Segundo levantamento de movimentos de mobilidade, os custos adicionais chegam a mais de R$ 200 por mês para quem depende de Uber ou táxi nas madrugadas de fim de semana.


Hilton e Paschoal destacam que restringir horários é uma forma de limitar o direito à cidade, negando a plena circulação justamente a quem mais precisa. “Limitar o funcionamento do transporte público é restringir o direito à cidade, em especial para quem mora nas periferias”, afirmam. Para elas, São Paulo deveria seguir o exemplo de cidades como Nova York, onde o metrô funciona 24h, e Londres, que mantém serviço ininterrupto nos fins de semana.


A luta contra o corte de horário revela uma questão maior: o modelo de transporte público em São Paulo ainda está distante de atender a dimensão e a vida pulsante da metrópole. Ampliar linhas, horários e integrar sistemas é um passo fundamental para que a cidade seja, de fato, para todas e todos. O caso agora está nas mãos do Ministério Público, e a pressão popular será decisiva para que a ampliação seja garantida.

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