Homicídios crescem 9% em São Paulo e escancaram falhas na política de segurança de Nunes e Tarcísio
- imprensa5967
- há 2 dias
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Capital registra 402 assassinatos entre janeiro e setembro de 2025; aumento revela ineficácia das ações baseadas apenas em repressão e ausência de políticas sociais nas periferias.

A violência voltou a crescer na cidade de São Paulo. Dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) apontam um aumento de 9% nos homicídios dolosos — aqueles cometidos com intenção de matar — entre janeiro e setembro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Foram 402 pessoas assassinadas na capital em apenas nove meses, contra 367 no ano passado.
O dado preocupa e escancara o descaso com a segurança pública da gestão municipal de Ricardo Nunes (MDB) e do governo estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que insistem em medidas de endurecimento e policiamento ostensivo, mas sem resultados concretos na redução da violência letal.
Segundo o levantamento, setembro foi o segundo mês mais violento do ano, com 52 assassinatos, ficando atrás apenas de junho, que registrou 56 mortes — entre elas, 15 ossadas encontradas em um cemitério clandestino no Parque dos Búfalos, no Jardim Apurá, zona sul da cidade. A região, historicamente marcada pela ausência de políticas públicas e pela vulnerabilidade social, segue sendo um dos retratos mais duros do abandono do poder público.
Enquanto Nunes tenta associar a criminalidade a ações pontuais, como furtos e roubos de celulares, os números de homicídios crescem e revelam a falta de uma política concreta para melhorar a sensação de segurança dos paulistanos, sem inteligência e organização no combate ao crime. A escalada da violência ocorre no mesmo momento em que o governo do estado anuncia cortes em áreas estratégicas, como assistência social e educação, reforçando um modelo que privilegia o uso da força em vez da garantia de direitos.



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