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Onda de ataques a ônibus expõe inércia de Tarcísio e Nunes na segurança e no transporte

  • imprensa5967
  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

São Paulo registra mais de 900 depredações em um mês e sofre com falhas de investigação — governo estadual e municipal permanecem omissos

Foto: Fábio Tito/g1
Foto: Fábio Tito/g1

São Paulo enfrenta uma grave e silenciosa crise de segurança no transporte público. Desde junho, a cidade tem registrado sucessivos ataques a ônibus, com veículos apedrejados, depredados e ou incendiados, inclusive em áreas centrais como a Avenida Paulista e a Faria Lima. Só na capital, foram mais de 430 ocorrências ao longo de 2025. No total, o estado já contabiliza 947 ônibus danificados.


Na última semana, uma criança ficou ferida por estilhaços durante um desses ataques. O caso escancarou o impacto direto da violência sobre a população trabalhadora, especialmente nas periferias, onde a dependência do transporte público é ainda mais intensa. Ainda assim, até o momento, tanto o governador Tarcísio de Freitas quanto o prefeito Ricardo Nunes não apresentaram qualquer plano concreto para conter a escalada de vandalismo e garantir segurança aos usuários e trabalhadores do sistema.


A inércia das gestões estadual e municipal tem sido amplamente criticada. A Secretaria de Segurança Pública prendeu sete pessoas suspeitas dos ataques, mas ainda trabalha com hipóteses vagas — como ação de facções criminosas, desafios em redes sociais e retaliações de empresas ligadas ao setor de transporte. Sem apurações sólidas, a resposta se limita a ações pontuais da Polícia Militar, enquanto a Polícia Civil não demonstra avanço nas investigações. Nem a Prefeitura nem o Governo do Estado comunicaram qualquer política coordenada de prevenção ou diálogo com os consórcios do transporte.


Em entrevista recente, Nunes chegou a admitir “demora” na ação policial, mas evitou se responsabilizar ou apresentar medidas de sua alçada. Já Tarcísio, apesar de controlar diretamente as forças de segurança do estado, limitou-se a declarações genéricas e reforço do policiamento ostensivo.


A ausência de coordenação entre os entes públicos e a falta de transparência sobre as investigações deixam a população desamparada. Motoristas e cobradores relatam medo constante, e passageiros relatam desconfiança em utilizar os ônibus à noite ou em regiões com histórico de ataques. A sensação de abandono cresce à medida que os episódios se acumulam e os governantes seguem em silêncio.


Enquanto os ataques continuam e o transporte coletivo vira alvo recorrente da violência urbana, São Paulo assiste a um preocupante vácuo de autoridade e planejamento. O direito à mobilidade — garantido constitucionalmente — segue ameaçado, sem que as autoridades ofereçam respostas à altura da gravidade da situação. É necessário uma resposta já!

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