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Lucros bilionários com dólar antes do tarifaço: indícios graves de uso de informação privilegiada

  • imprensa5967
  • 31 de jul.
  • 2 min de leitura

Operações de mais de R$ 6 bilhões foram realizadas horas antes do anúncio das tarifas dos EUA — investigação no STF, CPMI e suspeita de vazamento por Eduardo Bolsonaro inflam debate ético e político.

Foto: Divulgação/PF
Foto: Divulgação/PF

Relatórios do mercado financeiro internacional indicam que entre 11h30 e 12h45 do dia 9 de julho, aproximadamente R$ 6,6 bilhões em contratos futuros de dólar foram negociados na B3, volume anômalo que precedeu, em poucas horas, o anúncio do tarifaço de 50 % imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros. As operações envolveram grandes corretoras como BTG Pactual (de Paulo Guedes e André Esteves), BGC Liquidez e Tullett Prebon, levantando suspeitas de insider trading em massa.


A Advocacia-Geral da União já solicitou abertura de investigação ao STF. Simultaneamente, lideranças como Lindbergh Farias e PSOL acionaram o Congresso para instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apure possíveis vazamentos políticos e financeiros.


A denúncia ganhou novo contorno com a reportagem da Agência Pública, que aponta que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria vazado informações sobre o tarifaço ao mercado financeiro horas antes do anúncio oficial, facilitando operações altamente lucrativas. Segundo a matéria, diversas corretoras mantinham contato direto com assessores do parlamentar, que teriam fornecido previsões antecipadas sobre as decisões dos EUA — o que configura potencial crime de ação ilegal contra a economia e contra o Estado brasileiro.


Especialistas consultados identificam que não basta a ocorrência de alta no dólar para configurar crime: mas, no caso, os volumes e a sequência das negociações foram estatisticamente fora do padrão. A coincidência temporal e os nomes envolvidos sugerem haver indícios fortes de uso estratégico de informação privilegiada.


A resposta política já está em curso: o STF precisará decidir se há base para inquérito formal; a CPMI será essencial para investigar redes entre empresas e agentes políticos; e o Ministério Público Financeiro tem o dever de averiguar lavagem de dinheiro ou evasão fiscal. Essa denúncia coloca em questão não apenas a ética do mercado financeiro, mas a integridade da soberania nacional e da credibilidade institucional do país.


A possibilidade de que informações vazem de alto escalão político para beneficiar corretoras e investidores com lucros exorbitantes expõe uma articulação que une o mercado financeiro, grupos políticos da extrema-direita e atores estrangeiros — o que evidencia a articulação do bolsonarismo com elites internacionais.


Caso confirmado o uso de informações privilegiadas, será necessário uma responsabilização penal à altura para os envolvidos. Afinal, quem está lucrando bilhões com a tentativa de sabotagem econômica, política e jurídica do Brasil?

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