Nota do Diretório Municipal e da Bancada do PSOL São Paulo sobre a Eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal
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A cidade de São Paulo está abandonada, com milhões de pessoas sem luz elétrica, reflexo de uma política que autoriza o corte de árvores sadias para grandes empreendimentos imobiliários e não promove a podas necessárias para evitar a queda de energia em dias de chuvas ou ventos. Além disso, o prefeito não tem uma política de aterramento dos fios, deixando a cidade exposta em momentos extremos cada vez mais comuns por conta da crise climática.
Os servidores públicos sofrem com o confisco das aposentadorias e pensões, as mulheres com o aumento dos índices de feminicídio.
Ricardo Nunes, acelera em seu novo governo a privatização da cidade, cada vez mais entregue à grandes empresas, que exploram parques, cemitérios, educação e saúde.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é oposição à gestão Nunes e defende uma cidade democrática, diversa e com justica social, radicalmente diferente da que vemos hoje.
Por isso, a bancada do PSOL na Câmara Municipal inicialmente buscou articular uma candidatura independente da Prefeitura à Presidência da Casa, visando garantir autonomia do Legislativo frente ao Poder Executivo.
No entanto, as diferentes estratégias adotadas por outros partidos acabaram por inviabilizar a construção dessa alternativa. O cenário para a eleição da Mesa Diretora se consolidou em torno de duas candidaturas principais: Ricardo Teixeira, candidato que representa a base aliada e os interesses da Prefeitura; e Rubinho Nunes, candidato que articula o apoio de setores da extrema direita.
Frente a esse quadro, a bancada do PSOL aprovou a decisão de se abster da votação para a Presidência da Câmara Municipal no próximo dia 15/12.
Essa abstenção é uma estratégia para reafirmar nossa oposição ao governo Nunes, nossa independência política e manter o diálogo aberto dentro da Câmara Municipal para buscar acordos institucionais que consideramos fundamentais para o fortalecimento da democracia e da autonomia do Legislativo.
O PSOL buscará firmar compromissos para assegurar os seguintes pontos:
Manutenção da Votação Presencial
Mais transparência, justiça e isonomia no orçamento público municipal, inclusive no que se refere às emendas parlamentares.
Criação de uma liderança da minoria, o que significa o fortalecimento democrático da Câmara, com melhor expressão dos diferentes campos políticos da Casa.
É imprescindível que haja a garantia de maior espaço para a oposição na Casa e da proporcionalidade na composição da Mesa Diretora e, sobretudo, na distribuição das presidências das Comissões Permanentes, refletindo a real representatividade de cada partido eleito pela população.



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