Sequestro da Flotilha Global Sumud: brasileiros presos em missão humanitária; PSOL exige ação diplomática
- imprensa5967
- 2 de out.
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Interceptação por forças israelenses em águas internacionais prendeu ativistas e parlamentares contra o genocídio — entre eles militantes do PSOL — e reforça apelo por proteção aos direitos humanos

A operação das forças israelenses contra a Flotilha Global Sumud, na madrugada de 1º de outubro de 2025, resultou na apreensão de dezenas de embarcações e na detenção de centenas de ativistas de várias nacionalidades. Organizações e observadores internacionais classificaram a ação como ilegal, por ter ocorrido em águas internacionais contra uma missão civil que levava alimentos, remédios e suprimentos humanitários a palestinos, vítimas do assombroso genocídio em Gaza. Entre os detidos estão ao menos 11 brasileiros.
A flotilha navegava com caráter estritamente humanitário, composta por cerca de 40 barcos com voluntários, parlamentares e militantes. Testemunhos e registros iniciais mostram que, durante a abordagem, comunicações foram interrompidas, equipamentos de registro foram desligados e houve uso de força por parte do exército israelense para submeter as embarcações. Famílias e movimentos no Brasil ainda aguardam informações completas sobre o estado de saúde e as condições de detenção dos capturados.
Dentre os brasileiros detidos, há nomes ligados ao PSOL: a vereadora Mariana Conti (PSOL-Campinas) estava a bordo; também foram confirmados como detidos a dirigente Gabrielle Tolotti (PSOL-RS) e o ativista Thiago Ávila, além de outros brasileiros como Nicolas Calabrese e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) enviaram ofício ao Itamaraty e ao ministro Mauro Vieira denunciando as possíveis violações de direitos humanos cometidas contra os integrantes da flotilha — inclusive contra cidadãos brasileiros — e pediram que o governo brasileiro atue diplomaticamente para garantir a liberdade imediata dos detidos e seu retorno seguro ao Brasil. A iniciativa parlamentar soma-se aos apelos de familiares e organizações de direitos humanos por atuação urgente.
Especialistas em direito internacional lembram que a interceptação de embarcações civis em alto mar, sem base legal clara, fere convenções marítimas e normas humanitárias. O PSOL acompanha a situação e espera que as devidas medidas diplomáticas tenham efeito imediato, e que as autoridades competentes pressionem por garantias consulares e não poupem esforços pela libertação dos companheiros. A atuação criminosa de Israel contra o povo palestino já se tornou uma provocação global contra a humanidade, e ataca quem tenta entrar em seu camiho. O Brasil precisa ter mais uma resposta firme contra Netanyahu e sua ditadura.
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