#19 | Newsletter do PSOL de São Paulo
- imprensa5967
- 11 de ago.
- 4 min de leitura

Newsletter do PSOL | 19ª Edição
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Boa leitura!
PSOL e mais dois partidos pedem suspensão de deputados bolsonaristas que obstruíram a Câmara

Parlamentares do PSOL, PT e PSB protocolaram um pedido formal à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para suspender cinco deputados bolsonaristas que, no início da semana, protagonizaram um episódio de obstrução e tumulto durante a sessão plenária. O grupo — composto por Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Rodrigo Valadares (União-SE), André Fernandes (PL-CE) e Filipe Barros (PL-PR) — abertamente impediu o andamento dos trabalhos legislativos, com um comportamento que fere o decoro parlamentar e mesmo os valores democráticos.
A confusão começou quando os parlamentares tentaram forçar a pauta de interesse da extrema direita, gritando palavras de ordem, bloqueando a tribuna e desrespeitando a presidência da Casa. Entre os pedidos absurdos dos bolsonaristas na Câmara, estão a votação da anistia, que livraria os criminosos que tramaram um golpe de estado da cadeia, além do impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do STF que vem atuando no julgamento do ex-presidente e golpista Jair Bolsonaro.
Saiba o que está em jogo aqui.
Entregadores de aplicativo protestam contra exploração em frente ao iFood Move

Na manhã da última terça-feira (5), entregadores de aplicativos promoveram um protesto em frente ao São Paulo Expo, onde ocorria o iFood Move — evento voltado a empresas do setor gastronômico e que exauriu seus ingressos, chegando a R$ 1,3 mil por dia no último lote. Enquanto isso, trabalhadores que movimentam o delivery na base enfrentam exploração e remuneração insuficiente.
A mobilização começou no estacionamento do Plaza Sul Shopping, com seguranças privados questionando os participantes. Após motociata até o evento, os entregadores ergueram faixas e organizaram um churrasco coletivo próximo à entrada.
Entenda mais sobre esse ato aqui.
MP-SP instaura investigação sobre demolição do Teatro Ventoforte após ação de parlamentares do PSOL

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) autorizou o corte dos médicos da família que atuavam em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital. Profissionais com contratos de 20 horas semanais têm sido desligados se recusam ampliar para 40 horas, conforme exigência para a cidade receber a verba federal. O fato tem sido denunciado pelos trabalhadores, Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), e também por parlamentares do PSOL, como a vereadora Luana Alves.
Embora a argumentação oficial aponte maior cobertura de atendimento, o sindicato alerta que dois médicos de 20h são substituídos por um de 40h, reduzindo o número de profissionais e rompendo vínculos essenciais com famílias e territórios acompanhados ao longo dos anos.
Veja mais sobre esse absurdo aqui.
MP-SP abre investigação após denúncia de Erika Hilton e Amanda Paschoal sobre drone 'anti-baile' em Diadema

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou apuração sobre a aquisição sem licitação de um drone pela Prefeitura de Diadema, avaliado em aproximadamente R$ 365.313,60, destinado à dispersão de bailes funk por meio de gás lacrimogêneo. A compra do equipamento — que tem sido apontado como um episódio de militarização da segurança — mobilizou a deputada federal Erika Hilton e a vereadora Amanda Paschoal, ambas parlamentares do PSOL, a encaminharem uma representação formal ao MP exigindo investigação do caso.
Essa iniciativa de repressão à cultura periférica revela a criminalização de corpos e expressões negras e populares, descaracterizando encontros comunitários como “ameaças” à ordem pública. Trata-se de uma resposta autoritária que ignora os reais problemas sociais e o potencial criativo dessas manifestações urbanas – além do agravante em se tratando do desvio de recursos públicos em contratos opacos.
Entenda melhor sobre o caso.
Codeputada Ana Laura Pretas, do PSOL, sofre abordagem racista na Câmara Municipal de São Paulo

Na última semana, a codeputada estadual Ana Laura Pretas, da Bancada Feminista do PSOL, foi vítima de uma abordagem racista por parte de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Câmara Municipal de São Paulo. Ao retornar de uma breve saída para fumar, mesmo identificada como parlamentar, Ana Laura foi impedida de acessar o gabinete da vereadora Luana Alves (PSOL) e obrigada a passar novamente pelo detector de metais.
O tratamento mudou apenas quando uma colega branca interveio, evidenciando a seletividade racial presente na conduta dos agentes. O caso gerou indignação e amplia o debate sobre o racismo institucional, que atinge sobretudo mulheres negras, inclusive nos espaços de poder.
Entenda mais sobre o crime aqui.
Prefeitura de SP censura a Flipei após apoio à causa palestina, mas evento resiste

A Prefeitura de Ricardo Nunes cancelou, de forma abrupta, o contrato que permitia a realização da Festa Literária Pirata das Editoras Independentes – a Flipei na Praça das Artes, espaço da Fundação Theatro Municipal. O ato foi interpretado pelos organizadores como censura ideológica: o local seria palco de debates sobre a Palestina com nomes como o historiador Ilan Pappé e o ativista Thiago Ávila, cuja presença suscitou desconforto político marcado pela tentativa de “neutralizar” o evento.
A prefeitura justificou a medida com base no princípio da “impessoalidade”, classificando a programação como de cunho político-ideológico. Para a Flipei, entretanto, houve evidente quebra de contrato — faltou aviso prévio regulamentar de 15 dias —, prejudicando estruturação, mobilização e economia solidária engajadas pelo evento.
Veja mais sobre esse escândalo de censura aqui.
Cultura | Onde Mora a Esperança: exposição no Museu da Energia convida a refletir sobre moradia digna e direito à cidade

A exposição “Onde Mora a Esperança”, em cartaz até 30 de agosto no Museu da Energia (no bairro Campos Elíseos), propõe uma reflexão profunda sobre a moradia digna, tema urgente diante do déficit habitacional que assola o país. Produzida pela ONG Habitat para a Humanidade Brasil, com curadoria de João Kulcsár e parceria da Whirlpool Corporation via Lei de Incentivo à Cultura, a mostra reúne 26 painéis fotográficos que revelam a diversidade dos lares em 12 países e ecoam 45 anos de atuação da organização.
Nas imagens, o conceito de lar aparece como espaço de memória, afeto e, ao mesmo tempo, como símbolo de resistência frente à vulnerabilidade social. São registros que expõem realidades diversas, como famílias de Heliópolis, do semiárido pernambucano e pessoas em situação de rua na capital paulista — evidenciando as disparidades e as dificuldades enfrentadas por quem luta por uma moradia digna.
Saiba mais sobre a exposição aqui.



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