#18 | Newsletter do PSOL de São Paulo
- imprensa5967
- 4 de ago.
- 5 min de leitura

Newsletter do PSOL | 18ª Edição
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Boa leitura!
Smart Sampa, marca da gestão Nunes, tem impacto praticamente nulo na redução da criminalidade em São Paulo

Apesar de ser a principal bandeira em segurança pública da gestão do prefeito Ricardo Nunes, o Smart Sampa, sistema de videomonitoramento com reconhecimento facial lançado em 2024, não apresentou redução estatisticamente significativa nos índices de criminalidade em São Paulo. É o que indica o estudo “Smart Sampa vigia, mas não protege”, conduzido pelo coletivo Panóptico, com metodologia rigorosa que compara dados antes e depois da implementação e inclui municípios similares como referência.
O sistema, que custa cerca de R$ 10 milhões por mês, opera com mais de 31 mil câmeras, muitas integradas da iniciativa privada e concentra-se especialmente em regiões nobres e centrais da cidade, com cobertura significativamente menor na Zona Norte e periféricas.
Saiba mais sobre essa propaganda enganosa de Nunes aqui.
Frente Fulô: Bancada Feminista do PSOL cria rede de acolhimento e denúncia contra violência digital

Após receber denúncias gravíssimas de violência digital — especificamente envolvendo a disseminação não consentida de imagens íntimas de mulheres negras e periféricas em grupos online — a Bancada Feminista do PSOL lançou a Frente Fulô em meados de 2025. A rede atua como plataforma institucional de acolhimento e encaminhamento das vítimas, fortalecendo a luta contra o sexo‑repróprio tecnológico e a cultura do estupro digital.
A Frente Fulô recebe relatos de forma sigilosa, oferecendo apoio psicológico e orientação jurídica para mulheres que têm seus conteúdos íntimos vazados sem consentimento. Além disso, promove campanhas de conscientização e articula ações políticas para denunciar as plataformas digitais e instâncias de poder que permitem ou ignoram esse tipo de violência.
Conheça mais sobre essa iniciativa aqui.
Gestão Nunes corta médicos da família em SP e desmonta atenção primária do SUS

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) autorizou o corte dos médicos da família que atuavam em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital. Profissionais com contratos de 20 horas semanais têm sido desligados se recusam ampliar para 40 horas, conforme exigência para a cidade receber a verba federal. O fato tem sido denunciado pelos trabalhadores, Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), e também por parlamentares do PSOL, como a vereadora Luana Alves.
Embora a argumentação oficial aponte maior cobertura de atendimento, o sindicato alerta que dois médicos de 20h são substituídos por um de 40h, reduzindo o número de profissionais e rompendo vínculos essenciais com famílias e territórios acompanhados ao longo dos anos.
Entenda mais sobre esse absurdo aqui.
Esquema dos Estúdios: como R$ 1 bilhão foi drenado dos cofres públicos por Nunes com isenções e favorecimentos

Um grave escândalo sobre o desenvolvimento da especulação imobiliária na cidade de São Paulo vem ganhando cada vez mais destaque: o chamado “Esquema dos Estúdios”, que drenou cerca de R$ 1 bilhão dos cofres públicos da Prefeitura de São Paulo. Segundo o deputado federal Guilherme Boulos, o modelo envolvia isenções fiscais em imóveis classificados como "estúdios residenciais", mas destinados ao aluguel por plataformas digitais, o que configuraria uso comercial e não residencial.
Conforme denúncia publicada pelo parlamentar, o esquema funcionaria assim: a Prefeitura concederia isenções de IPTU e outras taxas a edifícios construídos como “estúdios”, mesmo quando operavam como hospedagens coletivas com fins lucrativos. Empresas de construção e incorporadoras teriam lucrado sem cumprir os requisitos legais. O resultado: uma perda bilionária para os cofres públicos que poderiam financiar políticas sociais em áreas como habitação ou transporte.
Entenda melhor sobre o caso.
Caos na limpeza das escolas de SP: denúncias revelam abandono sanitário e riscos à comunidade escolar municipal

Junto à revolta da comunidade escolar, o vereador Celso Giannazi (PSOL‑SP) trouxe à tona dados alarmantes sobre a situação da higienização nas escolas municipais. Em pronunciamento na Câmara, ele denunciou que dezenas de unidades escolares operaram sem nenhum serviço de limpeza contratado ou com falhas graves na atuação das empresas terceirizadas contratadas pela Secretaria Municipal de Educação.
Segundo relatos trazidos pelo parlamentar, muitas escolas chegaram a ficar várias semanas sem limpeza, com funcionários questionando a ausência de produtos básicos — como desinfetante, panos ou água. Em diversos casos, foi público que merendeiras e professores tiveram que improvisar a higienização das salas de aula, comprometendo não apenas a qualidade das condições, mas também a dignidade dos profissionais.
Veja aqui o caos na limpeza das escolas municipais de São Paulo.
Lucros bilionários com dólar antes do tarifaço: indícios graves de uso de informação privilegiada

Relatórios do mercado financeiro internacional indicam que entre 11h30 e 12h45 do dia 9 de julho, aproximadamente R$ 6,6 bilhões em contratos futuros de dólar foram negociados na B3, volume anômalo que precedeu, em poucas horas, o anúncio do tarifaço de 50 % imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros. As operações envolveram grandes corretoras como BTG Pactual (de Paulo Guedes e André Esteves), BGC Liquidez e Tullett Prebon, levantando suspeitas de insider trading em massa.
A Advocacia-Geral da União já solicitou abertura de investigação ao STF. Simultaneamente, lideranças como Lindbergh Farias e PSOL acionaram o Congresso para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apure possíveis vazamentos políticos e financeiros. A denúncia ganhou novo contorno com a reportagem da Agência Pública, que aponta que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria vazado informações sobre o tarifaço ao mercado financeiro horas antes do anúncio oficial, facilitando operações altamente lucrativas.
Entenda melhor esse escândalo aqui.
Cultura | “O fim está próximo?” Espetáculo de teatro denuncia o fim do mundo como projeto político

Dicas para Lucrar com o Fim do Mundo, espetáculo do Coletivo Parêntesis de Teatro, chega em agosto ao Teatro Alfredo Mesquita e propõe ao público amplas reflexões sobre o fim. Afinal, não é de hoje a sensação de estarmos vivendo o fim do mundo ou a iminência dele. São vários os paralelos entre a profecia que prevê a chegada de quatro cavaleiros do apocalipse e a situação atual do mundo, seja pela Peste representada na pandemia de Covid-19 e possíveis futuras, pela Guerra representada na disseminação do ódio na sociedade, pela Fome representada no capitalismo predatório que só alimenta quem pode pagar, pela Morte, que amplamente se banaliza.
Porém, a obra denuncia por meio do humor e da sátira que, diferente do que prevê a profecia, essas ameaças não são mais desastres inevitáveis, que não se pode combater, mas são decorrentes de projetos políticos, que visam manter um sistema em que a vida é descartável e a ganância é recompensada. Aí está o absurdo. Viver em um país onde quase 700 mil morreram de uma doença quando já se tinha vacina. Viver em um país com crescimento exponencial dos casos de violência. Viver em um país que exporta toneladas de alimentos enquanto assiste a seu povo sofrer faminto.
Saiba mais sobre o espetáculo aqui.



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